terça-feira, 31 de agosto de 2010

Meio Ambiente, uma preocupação global.


O meio ambiente se configura como uma das maiores preocupações da sociedade contemporânea visto os níveis catastróficos de degradação do meio natural que se sucederam ao longo do desenvolvimento histórico, econômico e social humano.
Fazendo um breve resgate histórico sobre o tema, atribui-se o início desse processo de devastação a um período específico da história denominado Revolução Industrial, séc. XVIII-XIX, não que a natureza não tenha sido explorada em períodos históricos anteriores, onde há uma mudança brutal nas organizações sociais Européias, reconfigurando, portanto, absolutamente todos os padrões produtivos, já que, a produção deixa de ser artesanal, onde se produzia de forma lenta e gradual, passando a industrial, que caracteriza-se por ser um modelo produtivo massificado, o que permite uma produção de bens mais dinâmica e eficaz.
Nesse contexto, a natureza passa a ser exigida como nunca fora antes, pois, os industriais necessitavam de matéria prima que alimentasse as máquinas de suas indústrias, e os combustíveis para tal feito eram extraídos, obviamente, dos meio naturais, como é até hoje.
Porém é no séc.XX-XXI, que as proporções da exploração irracional da natureza passam a ser sentidos com maior intensidade, chegando a ser colocada como uma das questões que mais preocupam a sociedade global. Os impactos dessa empreitada devastadora já podem ser evidenciadas, fenômenos naturais como enchentes e desertificação, mudanças bruscas na temperatura terrestre, aquecimento global, derretimento das calotas polares, poluição de rios e mares que causam a total extinção da vida, são exemplos comuns no cotidiano.
Apesar de tudo isso, ainda são poucas as iniciativas para mudar essa situação, ou pelo menos amenizar esse quadro. Os encontros mundiais sobre o meio ambiente não passam de desfiles de poderosos ostentando seu nacionalismo e com o discurso demagógico de “tudo bem”. Assim foi o Rio 92, o Tratado de Kyoto, e mais recentemente o encontro Copenhague, onde muito se discutiu e nada de concreto foi acertado. Agindo em defesa dos grandes empresários e das indústrias globais que exploram o meio ambiente, os chefes de Estado não chegam a um consenso a respeito da questão ambiental, pois preservar a natureza é diminuir lucro, adotar formas sustentáveis é jogar tempo e dinheiro fora, então o quadro continua o mesmo.
É certo que existem entidades sérias que lutam com unhas e dentes em prol de uma exploração menos danosa ao meio ambiente, conscientes de que isso é possível. Porém os que verdadeiramente podem tomar medidas práticas estão subjugados ao mando e desmando da indústria global, temos como exemplo recente Obama e a empresa de petróleo do Golfo do México.
Em suma, a questão ambiental é um dos maiores desafios do século XXI, e pelo visto, a sociedade mundial ainda precisa ser esclarecida com relação à magnitude do problema. Como educador, acredito que a educação, e escola, o professor, são agentes de fundamental importância nesse processo, pois, quando ouvidos, tem um poder de sensibilização que nenhum outro ator social é capaz de desenvolver.
Fica, portanto, a reflexão, como diria Marx em seu Manifesto do Partido Comunista, em uma frase célebre que convocava os trabalhadores do mundo a unir-se em prol da causa trabalhistas, “Proletários do Mundo Unir-vos”, reescrevo a frase do brilhante Marx, trazendo-a para a discussão ambiental que acabei de citar anteriormente: “Cidadãos do Mundo Unir-vos, já passa da hora de providências serem tomadas e idéias postas em prática, as gerações futuras também precisam dessa casa.

Hugo Garbênio de Carvalho.
Sociólogo e professor de sociologia de escola Estadual Helenita Lopes Gurgel Valente.    

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